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Apneia do sono: o que é, sintomas, tipos e tratamento – Tua Saúde

A apneia do sono é um distúrbio que causa a parada momentânea da respiração ou uma respiração muito superficial durante o sono, resultando em roncos e num descanso pouco relaxante que não permite recuperar as energias. Assim, além de sonolência durante o dia, esta doença provoca sintomas como dificuldade de concentração, dor de cabeça, irritabilidade e até impotência.

A apneia do sono acontece devido à obstrução das vias respiratórias em função da desregulação dos músculos da faringe. Além disto, existem hábitos de vida que aumentam o risco de desenvolver uma apneia obstrutiva do sono, como o excesso de peso, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e uso de remédios para dormir.

Esse distúrbio do sono deve ser tratado por meio da melhora dos hábitos de vida e do uso de uma máscara de oxigênio que empurra o ar para as vias aéreas e facilita a respiração.

Apneia do sono: o que é, sintomas, tipos e tratamento

Principais sinais e sintomas

Para identificar a apneia obstrutiva do sono, deve-se notar a presença dos seguintes sintomas: 

  • Roncar durante o sono;
  • Acordar várias vezes à noite, mesmo que por poucos segundos e de forma imperceptível;
  • Apresentar paradas da respiração ou sufocamento durante o sono;
  • Ter excesso de sono e cansaço durante o dia;
  • Acordar para urinar ou perder urina durante o sono;
  • Ter dor de cabeça pela manhã;
  • Diminuir o rendimento nos estudos ou trabalho;
  • Ter alterações da concentração e da memória;
  • Desenvolver irritabilidade e depressão;
  • Ter impotência sexual.
  • Esta doença acontece devido a um estreitamento nas vias respiratórias, na região do nariz e garganta, que acontece, principalmente, por uma desregulação na atividade dos músculos da região da garganta chamada faringe, que pode estar excessivamente relaxada ou estreitada durante a respiração. O tratamento é feito pelo médico pneumologista, que poderá indicar um aparelho chamado CPAP ou, em alguns casos, cirurgia. 

    Ela é mais comum em pessoas acima dos 50 anos de idade, e a quantidade e intensidade dos sintomas varia de acordo com a gravidade da apneia, que é influenciada por fatores como excesso de peso e anatomia das vias respiratórias da pessoa, por exemplo.

    Veja também outras doenças que causam sono excessivo e cansaço.

    Como confirmar o diagnóstico

    O diagnóstico definitivo da síndrome da apneia do sono é feito com a polissonografia, que é um exame que analisa a qualidade do sono, medindo as ondas cerebrais, os movimentos dos músculos da respiração, a quantidade de ar que entra e sai durante a respiração, além da quantidade de oxigênio no sangue. Este exame serve para identificar tanto a apneia como outras doenças que interferem no sono. Saiba mais sobre como é feita a polissonografia

    Além disto, o médico irá fazer uma avaliação da história clínica e exame físico dos pulmões, face, garganta e pescoço da pessoa, o que também poderá ajudar a diferenciar entre os tipos de apneia. 

    Tipos de apneia do sono

    Existem 3 tipos principais de apneia do sono, que podem ser:

    • Apneia obstrutiva do sono: acontece na maioria dos casos, devido à obstrução das vias aéreas, causadas pelo relaxamento dos músculos da respiração, estreitamento e alterações da anatomia do pescoço, nariz ou mandíbula.
    • Apneia central do sono: acontece, geralmente, após alguma doença que causa lesão cerebral e altera a sua capacidade de regular o esforço respiratório durante o sono, como em casos de tumor cerebral, pós-AVC ou doenças degenerativas do cérebro, por exemplo;
    • Apneia mista: é provocada pela presença tanto de apneia obstrutiva como de apneia central, sendo o tipo mais raro. 

    Também existem casos de apneia temporária, que pode acontecer em pessoas com inflamação das amígdalas, tumor ou pólipos na região, por exemplo, que podem dificultar a passagem do ar durante a respiração.

    Apneia do sono: o que é, sintomas, tipos e tratamento

    Como é feito o tratamento

    O tratamento para a apneia do sono geralmente é iniciado com pequenas alterações no estilo de vida de acordo com a possível causa do problema. Por isso, quando a apneia é provocada pelo excesso de peso, por exemplo, é recomendado consultar um nutricionista para fazer um plano nutricional que permita a perda de peso, de forma a melhorar a respiração.

    Já quando a apneia do sono é causada ou agravada pelo cigarro, é aconselhado deixar de fumar ou diminuir o número de cigarros fumados por dia, para evitar a inflamação das vias respiratórias e facilitar a passagem do ar.

    Porém, nos casos mais graves, como quando não é possível tratar a apneia de sono apenas com estas pequenas alterações, podem ser recomendadas outras formas de tratamento:

    1. Uso de CPAP

    O CPAP é um aparelho, semelhante a uma máscara de oxigênio, mas que empurra o ar até aos pulmões, permitindo uma respiração normal que não interrompe o sono e que, por isso, permite ter um sono mais reparador. Saiba mais sobre como funciona o CPAP.

    Normalmente, este aparelho só está indicado quando existe obstrução completa das vias respiratórias durante o sono ou quando não é possível melhorar os sintomas apenas com as alterações na rotina.

    O CPAP pode ser pouco confortável de utilizar e, dessa forma, muitas pessoas optam por experimentar outros aparelhos semelhantes ao CPAP ou por realizar a cirurgia para corrigir o problema.

    2. Cirurgia

    O tratamento cirúrgico para a apneia do sono só é indicado quando as outras formas de tratamento não funcionam, sendo recomendado experimentar esses tratamentos por, pelo menos, 3 meses. Porém, em alguns casos, as estruturas do rosto precisam ser alteradas para corrigir o problema e, por isso, a cirurgia pode ser considerada como primeiro forma de tratamento.

    Os principais tipos de cirurgia feitos para tratar este problema incluem:

    • Remoção de tecido: é usado quando existe excesso de tecido na parte de trás da garganta para remover as amígdalas e adenoides, evitando que essas estruturas tapem a passagem de ar ou vibrem, provocando o ronco;
    • Reposicionamento do queixo: é recomendado quando o queixo está muito retraído e diminui o espaço entre a língua e a parte de trás da garganta. Assim, é possível posicionar corretamente o queixo e facilitar a passagem do ar;
    • Colocação de implantes: são uma opção à remoção de tecido e ajudam a evitar que as partes moles da boca e garganta impeçam a passagem de ar;
    • Criação de nova passagem de ar: é usada apenas nos casos em que há risco de vida e as outras formas de tratamento não funcionaram. Nesta cirurgia é feito um canal na garganta para permitir a passagem do ar para os pulmões.

    Além disso, todas as cirurgias podem ser adaptadas para tratar o problema específico de cada pessoa e, por isso, é muito importante discutir todas as opções de tratamento com o médico.

    Sinais de melhora ou piora

    Os sinais de melhora podem demorar entre alguns dias até várias semanas para aparecer, dependendo do tipo de tratamento, e incluem diminuição ou ausência do ronco durante o sono, redução da sensação de cansaço durante o dia, alívio das dores de cabeça e capacidade para dormir sem acordar durante a noite.

    Já os sinais de piora acontecem quando o tratamento não é iniciado e incluem aumento do cansaço durante o dia, acordar várias vezes durante o dia com intensa falta de ar e roncar intensamente durante o sono, por exemplo.

    Fonte: www.tuasaude.com/apneia-do-sono

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