Dente-de-leão: para que serve, como usar e efeitos colaterais – Tua Saúde
O dente-de-leão é uma planta de nome científico Taraxacum officinale, também conhecida por coroa-de-monge, quartilho e taráxaco, é rica em vitaminas, inulina, fitoesterois, aminoácidos e minerais, principalmente potássio.
Assim, devido às suas propriedades, o dente-de-leão pode ser usado para auxiliar no tratamento de transtornos digestivos, problemas no fígado e pâncreas e alterações na pele, por exemplo.
Além disso, de acordo com um estudo feito na China em 2011 [1], o chá desta planta também parece ser capaz de eliminar mais rapidamente a infecção pelo vírus Influenza, responsável pela gripe comum.
Para que serve
O dente-de-leão contém substâncias naturais que garantem benefícios para a saúde, como é o caso dos compostos fenólicos, flavonoides, carotenoides e oligofrutanos, garantindo a essa planta propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias e hepatoprotetora, sendo, portanto, útil para auxiliar no tratamento de diferentes doenças.
Assim, o dente-de-leão pode servir para:
1. Proteger o fígado
Alguns estudos realizados confirmam que os polifenois, flavonoides e polissacarídeos presentes nessa planta possuem efeitos benéficos sobre as funções do fígado, ajudando a diminuir a inflamação e o dano oxidativo que são comuns de acontecer nas alterações hepáticas. Além disso, o dente-de-leão atua como protetor hepático diante da presença de substâncias tóxicas, como agentes químicos industriais e medicamentos em doses mais altas.
Além disso, essa planta ajuda na regeneração do fígado e a diminuir os níveis acumulados de gordura, sendo útil para auxiliar no tratamento da hepatite e fibrose cística, por exemplo.
2. Prevenir doenças do coração
As substâncias bioativas naturais do dente-de-leão possuem propriedades hipocolesterolêmicas e antioxidantes, que são eficazes na prevenção da formação e/ ou progressão da aterosclerose.
Alguns estudos demonstraram que as folhas do dente-de-leão ajudam a evitar o dano oxidativo das células e a diminuir os níveis de triglicerídeos e de colesterol LDL, também conhecido como colesterol mau, prevenindo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares e de desenvolver um AVC.
3. Estimular a perda de peso
Alguns estudos indicam que as raízes do dente-de-leão possui efeito anti-obesidade, já que podem atuar no metabolismo dos lipídios, diminuindo o tamanho de células de gordura e inibindo a sua formação devido ao bloqueio das enzimas pancreáticas.
Além disso, estudos realizados com o extrato das folhas e as raízes cruas do dente-de-leão demonstraram que essa planta é capaz de promover a redução dos níveis de triglicerídeos no organismo, ajudando a reduzir o peso corporal.
4. Ajudar a controlar a diabetes
Alguns estudos realizados em pacientes com diabetes do tipo 2 tratados com folha e raiz em pó de dente-de-leão, demonstraram redução significativa dos níveis de glicose em jejum no sangue nesses pacientes, uma vez que poderia ter efeito na produção de insulina e atuar como hipoglicemiante.
5. Ajudar a prevenir o câncer
O extrato de dente-de-leão contém triterpenoides, sesquiterpenos e compostos fenólicos, que são potentes antioxidantes naturais, apresentando ação anti-cancerígena.
Alguns estudos confirma que o extrato de raiz de dente-de-leão pode inibir o crescimento das células de diferentes tipos de câncer, como o colorretal, o câncer de mama, entre outros.
6. Favorecer a saúde gastrointestinal
As raízes de dente-de-leão são ricas em oligofrutanos, também conhecidos como prebióticos, que atuam como fonte de carbono e energia para estimular as bactérias intestinal benéficas para a saúde.
Assim, essa planta seria capaz de ajudar no combate à prisão de ventre e prevenir o desenvolvimento de alterações intestinais como hemorroidas e diverticulose.
Além disso, o dente-de-leão poderia melhorar os sintomas relacionados com problemas digestivos leves, como sensação de barriga cheia, flatulências e digestão lenta.
7. Ajudar no tratamento da gripe
De acordo com um estudo realizado na China em 2011 [1], o dente de leão também pode ajudar no tratamento da gripe, tendo sido observado que chás com mais de 15 mg/mL de dente-de-leão parecem eliminar o vírus Influenza do organismo.
No entanto, é importante que o consumo do chá de dente-de-leão seja complementar ao tratamento indicado pelo médico, pois assim é possível garantir a eliminação do vírus e favorecer a recuperação.
Como usar o dente-de-leão
É possível usar a raiz ou as folhas do dente-de-leão para preparar chás, tinturas e sucos. Além disso, pode ser encontrado sozinho ou combinado com outras plantas medicinais em forma de cápsulas ou comprimidos, que podem ser encontrados em farmácias ou lojas de produtos naturais.
1. Chá de dente de leão
Ingredientes
- 2 colheres de chá de raiz de dente-de-leão triturada ou em pó;
- 200 ml de água fervente.
Modo de preparo
Para preparar o chá, basta juntar a água fervente com a colher de raiz e deixar repousar durante 10 minutos. Depois, coar, deixar amornar e beber até 3 vezes ao dia. No caso de problemas gastrointestinais, deve-se beber o chá antes das refeições.
2. Suco de dente-de-leão
Ingredientes
- Folhas novas de dente-de-leão;
- Água de coco.
Modo de preparo
Bater as folhas em um processador, juntamente com a água de coco e tomar três vezes ao dia. Geralmente, as folhas de dente-de-leão possuem um sabor amargo e, por isso, devem-se usar as mais novas, cujo sabor é menos intenso.
Além disso, podem-se misturar outros ingredientes, como suco de maçã, hortelã e gengibre, por exemplo, para melhorar o sabor e conferir mais propriedades a este suco. Conheça as propriedades do gengibre.
3. Na forma natural
O dente-de-leão também pode ser usado na sua forma natural na culinária. Uma vez que é uma planta segura para consumo, o dente-de-leão pode ser utilizado para preparar saladas, sopas e até algumas sobremesas.
Quando não é indicada
O dente-de-leão também não deve ser utilizado por pessoas que possuem hipersensibilidade a esta planta, que possuem obstrução dos ductos biliares ou oclusão intestinais, inflamação aguda da vesícula biliar ou presença de úlcera péptica.
Ainda não estão confirmados os efeitos do dente-de-leão na gravidez e durante a amamentação e, por isso, o seu uso durante esse período não é recomendado.
Além disso, não é recomendado consumir essa planta medicinal juntamente com medicamentos diuréticos e hipoglicemiantes, uma vez que o dente-de-leão poderia potencializar os efeitos, assim como não deve ser usado por pessoas que fazem uso do lítio.
Possíveis efeitos colaterais
O dente-de-leão é considerado seguro e é bem tolerado devido ao seu baixo nível de toxicidade.
No entanto, apesar de raro, pode provocar transtornos gastrointestinais ou reações alérgicas em pessoas sensíveis, devido à presença de componentes alergênicos como ácido taraxínico e lactona sesquiterpênica.